segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Quem deve pagar a comissão do corretor de imóvel?

Associação esclarece o que diz a lei e orienta mutuários contra práticas abusivas de construtoras.

O questionamento quanto a responsabilidade do pagamento pelos serviços prestados pelo corretor de imóveis geralmente é muito suscitado, principalmente para os compradores e/ou vendedores de primeira viagem. 

A lei diz que a comissão deve ser paga por quem contratou o serviço, entretanto, dentro dessa simples afirmativa, existem outras inúmeras possibilidades.

Indagações como casos de arrependimento do negócio, responsabilização da imobiliária, práticas abusivas, etc. fazem parte de ramificações das quais uma aparente simple operação de compra e venda pode se transformar.

Desta forma, segue matéria que sintetiza muito bem como se comportar diante de possíveis problemas fente uma negociação imobiliária, principalmente no tocante ao pagamento da comissão do profissional de corretagem.

Na negociação do imóvel, a comissão do corretor varia, geralmente, de 6 a 8% do valor negociado pelo bem, mas quem é o responsável pelo pagamento dessa quantia? O vendedor ou quem compra o imóvel? A Amspa (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências) explica que o novo código civil tem um capítulo dedicado à corretagem imobiliária que estabelece normas para garantir o direito do corretor e do comprador saberem quem será o responsável pelo pagamento da comissão. Pela lei, a comissão de corretagem deve ser paga por quem contratou o corretor.

Quando é o adquirente que contrata o profissional para auxiliar na procura da casa própria, será dele a obrigação de pagar a comissão do serviço prestado pelo corretor credenciado. “Para que não haja conflito do valor a ser remunerado, é essencial que ambas as partes assinem um contrato já estipulando os detalhes para que depois de concretizado o negócio não haja problemas”, diz Marco Aurélio Luz, presidente da Associação. “As condições de pagamento devem seguir as normas estabelecidas pelo Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) ou podem ser livremente pactuadas pelas partes, por isso a importância do acordo que gera um instrumento certo, líquido e exigível com força executável”, completa.

Mesmo em casos de arrependimento do negócio, cabe o cumprimento do compromisso selado com corretor. Nesta situação, o vendedor ou o comprador terá que pagar a comissão, pois houve a concretização do acordo.

Por outro lado, quando o interessado em comprar a casa própria opta por adquirir um imóvel novo direto com a construtora, é comum ter uma empresa de incorporação, contratada pela construtora, intermediando o negócio. Nesses casos, o pagamento da comissão do profissional de vendas é de responsabilidade da construtora.

Prática Abusiva

Segundo Luz, é muito comum o mutuário que está à procura da compra da casa própria achar que está negociando diretamente com a construtora, por comparecer no próprio local da venda do imóvel, mas na realidade está lidando com um representante contratado pela incorporadora. Somente no momento de firmar o contrato, ou em muitos casos só depois da assinatura, é que o comprador descobre que negociou com um terceiro e, por isso, terá que assumir o pagamento da comissão do corretor. “Na hora da assinatura do contrato, o mutuário não sabe que será responsável pelo pagamento da remuneração e acaba aceitando sem o conhecimento da prática ilegal”, diz Luz.

De acordo com a Ampsa, é comum as empreendedoras obrigarem o agente comercial a passar o recibo em nome da construtora ou emitir nota fiscal da imobiliária para driblar a comissão ou ainda separar o contrato da compra do imóvel do pagamento da porcentagem do agente comercial, para não ter que devolver esse dinheiro no caso de rescisão.

“Nesses casos quem tem a obrigação de pagar os serviços de corretagem é a construtora. A artimanha utilizada pelas empresas é ilícita e motivo de muitas queixas em órgãos como o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor)”, ressalta ele.

O que fazer

“Essa prática lesiva, que já se tornou comum nos dias de hoje, deve ser denunciada porque, entre outras coisas, é uma tentativa de sonegação de tributos e, no caso de desistência do empreendimento, o incorporador se negará a devolver o valor da comissão do corretor ao comprador, alegando que não foi ele quem recebeu o valor”, esclarece o presidente da Amspa.

O mutuário que descobre a manobra depois de ter firmado o contrato, pode recorrer na Justiça para receber o reembolso da quantia. A devolução deve acontecer de uma só vez em até 10 dias e corrigida com os encargos devidos. Após o prazo de 15 dias, incide acréscimo de 10% de multa e se não for pago poderá penhorar bens da imobiliária ou da construtora. “Dos 300 contratos assinados por dia na cidade de São Paulo, na maioria das vezes o comprador desconhece a ilegalidade. Por isso é importante procurar orientação antes de fechar a compra”, explica Luz.

Fonte: http://www2.imovelweb.com.br/noticias/comprar/Quem-deve-pagar-a-comissao-do-corretor-de-imovel-.aspx

Alimentado por: Saulo Aguiar

Sem sair de Casa: web é aliada na emissão de documentos para compra de imóvel

Cada vez mais utilizada em diversas atividades no cotidiano da população, a internet vem facilitando o uso de ferrmantas que, antigamente, somente poderiam ser feitas presencialmente. A documentação oficial para aquisição de imóveis, por exemplo, vem sendo fornecida pelo espaço virtual do site do TJ, o que falicita imensuravelmente o resgate dos documentos necessários tanto do vendedor, como do próprio imóvel pretendido.

Cabe lembrar que a participação dos profissionais, como corretores e despachantes, é de suma importância quando da necessidade de ajustes de possíveis pendências, situação bem recorrente na compra de imóveis usados.

Segue abaixo matéria completa que menciona todas as vantagens e o passo a passo de como utilizar desse excelente instrumento da melhor forma possível.



Você enfim vai conseguir realizar a tão sonhada compra da casa própria, já achou o imóvel desejado, e agora qual o próximo passo? É necessário providenciar a documentação do imóvel e do vendedor. Para isso, o comprador pode recorrer a um corretor ou despachante, que cobra em média R$ 250 pelo serviço. Mas a internet também pode ser uma aliada para conseguir a maioria das certidões exigidas sem sair de casa.

Apesar da facilidade, o conselheiro do Creci-Ba, Noel Silva, indica a contratação de um profissional para ajudar com a papelada. "O ideal é que se pague por esse serviço para não ter problema. O despachante ou corretor já sabe como proceder, se tiver alguma pendência, por exemplo. Mas é possível fazer sozinho", diz.

A veterinária Alene Vanessa Santos, que comprou um apartamento novo na construtora, pagou R$ 300 para registrar o imóvel. "A construtora já disse o valor como uma taxa que tinha que pagar, mas se tivesse opção, faria da mesma forma, por uma questão de praticidade".

Quem optar por providenciar a documentação por conta própria e tiver comprado o imóvel através de um corretor, pode pedir a orientação dele de como proceder. "O corretor deve orientar, mas não tem obrigação de fazer [providenciar a documentação]. Se for fazer, ele cobra pelo serviço", explica Noel.

Primeiro passo - Antes mesmo de fechar acordo, assinar o contrato e pagar o sinal pela compra do imóvel, é necessário providenciar a certidão negativa de ônus do imóvel. Esse documento deve ser obtido no cartório onde a residência foi registrada. O prazo para liberação da declaração em média é de cinco dias, e o valor cobrado é de R$ 54, de acordo com Noel.

Se o imóvel for construído em um condomínio, é necessário solicitar uma Declaração de Quitação de Condomínio, que deve ser entregue pela administração ou síndico do condomínio.

Os demais documentos podem ser retirados totalmente ou parcialmente pela internet. É o caso da Certidão Negativa de Débito do IPTU, que está disponível gratuitamente através do site da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) (http://www.sefaz.salvador.ba.gov.br/index.php/todos-servicos/120-certdoes/378-emissao-da-certidao-de-debito).

Noel ressalta que o documento só será emitido pelo site se não houver pendência. Caso contrário, é necessário procurar um posto do órgão nos SAC's.

Com a papelada da residência em mãos, é hora de providenciar as certidões pessoais em nome do vendedor. "Em tese a obrigação de disponibilizar esses documentos é do vendedor, mas na prática quem faz isso é o comprador. É até melhor para ele, por uma questão de segurança, para ter certeza que não é falso", orienta Noel.

A Certidão Negativa de Ações Cíveis e Criminais e Executivos Fiscais Estaduais é emitida pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA). Para isso, o cidadão deve emitir o Documento de Arrecação Judicial e Extrajudicial (DAJE) através do link http://eselo.tjba.jus.br/index.faces.

Depois de pagar a quantia de R$ 10,80, o internauta pode solicitar a emissão da certidão no endereço http://esaj.tjba.jus.br/esaj/portal.do?servico=810000. O documento pode ser impresso através do próprio site.

A Certidão Negativa da Justiça Federal também está disponível na internet, mas somente se não houver pendência em nome do vendedor. Caso haja, é necessário procurar a Seção de Certidões da Justiça Federal, na Casa de Justiça e Cidadania, no Shopping Baixa dos Sapateiros. Nas situações de nada consta, o documento pode ser obtido gratuitamente no site http://www.jfba.jus.br/CertidaoViaInternet.htm.

O Tribunal Regional do Trabalho na Bahia (TRT) até disponibiliza a Certidão Negativa de Distribuição de Reclamações Trabalhistas através da internet, mas, de acordo com Noel, os tabelionatos só aceitam o documento emitido em um posto do TRT nas unidades do SAC, mas antes disso é necessário emitir uma Guia de Recolhimento da União (GRU) através do site do TRT (http://www.trt5.jus.br/default.asp). A taxa cobrada é de R$ 5,85.

Se o imóvel for financiado, também é exigida uma Certidão Conjunta de Débitos Relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União, que pode ser emitida gratuitamente pelo site da Receita Federal (http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATSPO/Certidao/CndConjuntaInter/InformaNICertidao.asp?Tipo=2).

Com essa papelada em mãos, já é possível concretizar o negócio. Agora acabou a etapa em que a internet ajuda e é necessário "bater perna" para registrar o imóvel. O cidadão deve emitir uma guia para pagamento do Imposto Sobre a Transmissão Intervivos (ITIV) em um posto da Sefaz. A taxa é de 3% do valor declarado do imóvel.

Em seguida, é necessário lavrar a escritura do imóvel em um tabelionato e registrar este documento em um Cartório de Registro de Imóveis.

Fonte: A Tarde

Alimentado por: Gabriela Pereira

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

ESTOQUE ALTO DE IMÓVEIS FAZ SURGIR O OUTLET VIRTUAL PARA ESTIMULAR VENDAS



Começaram a surgir em São Paulo os chamados Outlets virtuais, sites que vendem apartamentos com até 30% de desconto São sites especializados na venda de imóveis e que reúnem unidades que sobraram em lançamentos recentes.

Os sites funcionam quando existe estoque alto de imóveis como ocorre, por exemplo, na Bahia e em São Paulo. Na capital paulista, havia quase 17 mil unidades novas em estoque em junho. Na Bahia o estoque é da ordem de 18 mil imóveis.

Os sites aproveitam essa disponibilidade e atrai os consumidores pela comodidade e, principalmente, pelos preços, até 30% mais baixos. A remuneração é paga pela construtora dona do imóvel e varia conforme o caso -em média, fica entre 2% e 5% do valor negociado.

O modelo de negócios dos sites varia: de imobiliárias virtuais, com equipes de corretores que acompanham, presencialmente, todo o processo de compra, até portais de ofertas de imóveis que fazem a ponte entre a construtora e o consumidor, mas não assessoram o negócio.
Para boa parte da população agora talvez seja o momento de adquirir o tão sonhado imóvel, pois antes as facilidades dos financiamentos já impulsionavam as vendas, agora desconto de até 30% deixa a proposta ainda mais tentadora. 

Alimentado por: Gabriela Pereira.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Valorização altera perfil de violência no bairro do Cabula: menos morte, mais roubo

O Cabula saiu nos últimos anos da posição de popular para emergente, com a chegada de empreendimentos de classe média 
Um dos poucos bairros de Salvador que ainda mantém algumas chácaras é hoje um dos mais cobiçados pelas construtoras. O Cabula saiu nos últimos anos da posição de popular para emergente, com a chegada de empreendimentos de classe média. E a mudança de status trouxe alteração no perfil da violência. O foco deixou de ser os crimes contra a vida e passou a ser os crimes contra o patrimônio.
Enquanto no ano passado o Cabula era apenas o 9º bairro no ranking de roubo de veículos, hoje o bairro pulou para o 2º lugar da lista, atrás somente de Brotas. De janeiro a 15 agosto deste ano foram roubados 143 carros, segundo dados divulgados no site da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Em 15 dias deste mês, o bairro registrou o mesmo número de roubos (13) que o líder, Brotas.
Por outro lado, o Cabula tem hoje um dos menores índices de homicídios de Salvador. Em maio deste ano, o CORREIO publicou um mapa da concentração de homicídios na capital e não havia um registro sequer no Cabula. De lá para cá, foram duas mortes violentas. Ainda assim, há uma redução no número de pessoas mortas no bairro: entre janeiro e agosto de 2011, foram sete execuções.
Valorização
Com a chegada de empreendimentos como o condomínio Horto Bela Vista e do Shopping Bela Vista, o Cabula valorizou em mais de 70% no m². Segundo a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), o m² no bairro subiu de R$ 2.600 para valores entre R$ 3.800 e R$ 4.600. De maio de 2007 até agosto de 2011 foram lançados 2.894 apartamentos no bairro.
“Onde antes só havia uma população de baixa renda, houve uma melhora do poder aquisitivo. Lógico que isso atrai essas questões de roubo, como na Pituba, região de maior poder aquisitivo e com elevado número de roubos”, analisa Noel Silva, diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-BA).
Para a polícia também há uma explicação estratégica. “Nós apertamos o cerco na Pituba, Boca do Rio, Imbuí, Brotas, regiões responsáveis por 50% das ocorrências de roubos de veículos”, explica o delegado Nilton Borba, da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV).

Na pele

Quem mora há tempos no bairro sente a mudança na pele. A mulher do representante comercial Adselmo Vilas Boas, 40 anos, teve o carro roubado na terça-feira da semana passada, depois de parar numa padaria, em frente ao Hiper Bompreço.

“Ela foi comprar pão. Na volta, entrou no carro, um Palio, mas nem chegou a dar a partida. Dois homens se aproximaram e um deles, armado, obrigou ela sair do carro”, conta Adselmo, que mora há dez anos no bairro. “De um tempo para cá, o Cabula tem tido muito roubo de carro. Não havia tantos casos até a chegada destes arranha-céus. Você nota pelo engarrafamento”.
Francisca Laécio de Assis, 45, que há 15 anos reside na Avenida Boa Esperança, presenciou um roubo há pouco dias. “Tudo aconteceu em fração de segundos. Um rapaz saiu do carro e foi na sapataria. Quando voltou, o veículo não estava mais no lugar”, diz.
Uma vizinha de Francisca, de 53 anos, que não quis se identificar, vê os dois lados da moeda: “Graças a Deus, nunca mais ninguém morreu por aqui, mas tem muito roubo de carro e de estabelecimento comerciais que a gente tem conhecimento”, declara.
A operadora de caixa Edinéia Dantas dos Santos mora na Rua da Adutora, próxima ao 19º Batalhão do Exército, e comenta que as conversas entre vizinhos mudaram de foco.
“Já tem um tempo que a gente não vê falar de mortes aqui. Agora tem muita gente reclamando de roubo de carro. Trabalho num mercadinho no Planalto e todo dia é alguém dizendo que o carro foi roubado”, conta. Moradora da mesma rua, a diarista Ivonete de Assis confirma. “Aqui tem mais é ‘sacizeiro’ agindo”.
A delegada Francineide Moura, coordenadora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) destaca também o trabalho na polícia na redução dos homicídios. “Intensificamos as operações no Cabula e Tancredo Neves, cumprindo vários mandados de prisão, retirando de circulação homicidas”.
Já a PM informou que a corporação “vem desempenhando um conjunto de ações, como abordagens em veículos na Operação Musuá”, mas não informou o efetivo destinado ao Cabula.
Funcionários de shopping com medo
Trabalhadores do Shopping Bela Vista reclamam de falta de segurança na região. Segundo representantes do Sindicato dos Comerciários, os trabalhadores dizem que estão sofrendo com constantes assaltos, além das ameaças de estupros.
Na última quinta-feira, eles realizaram uma manifestação em frente ao centro comercial. “O shopping foi inaugurado dia 13 de julho, mas até o momento não foram criados pontos de ônibus e linhas de transporte público para atender as demandas”, declara o presidente do sindicato, Joelson Dourado.
Segundo ele, a direção do shopping prometeu fazer uma reunião no intuito de solucionar o problema”. Procurada, a Polícia Militar não informou o efetivo que faz o policiamento no Cabula.
Apartamentos de até R$ 1,5 milhão
Empreendimentos como o Horto Bela Vista e o Maximo Club Residence, além do shopping Bela Vista, são alguns dos responsáveis pela valorização da região. Um apartamento custa de R$ 500 mil R$ 1,5 milhão nos novos empreendimentos, segundo dados da Ademi-BA. De dois anos para cá, houve uma valorização de 70% no m².
“O Cabula é um bairro alto, arborizado, mas faltava um pouco mais de infraestrutura por lá. Com a chegada do Horto Bela Vista houve melhorias nas vias de acesso”, explica Nilson Sarti, presidente da Ademi-BA. “É preciso um policiamento mais efetivo. O Cabula agora é outro. Está mais desenvolvido. Bancos e lojas, que antes quase não existiam, agora se fazem presentes no local”, explica.
De acordo com Noel Silva, diretor do Creci-BA, inicialmente o Cabula tinha outra proposta urbanística. “Antigamente, não se tinha prédios residenciais com elevadores, com piscina. Tudo isso mudou. Melhorou o perfil do bairro”, pontua.

Alimentado por: Gabriela Pereira.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Dívidas trabalhistas levam Ilha dos Frades a leilão





Um terreno de 1,975 milhões de metros quadrados na Ilha dos Frades, vai a leilão na quarta-feira (8) pelo Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT). O valor do lote 15, onde está a Fazenda Loreto, é de R$ 10 milhões.

Não é a primeira vez que a fazenda aparece em um leilão - em 2011, quase que o terreno foi entregue como parte de um pagamento, mas o autor da ação acabou desistindo. O motivo do pregão é regularizar débitos trabalhistas, ofertando um total de 221 lotes dos mais variados.

Já é possível fazer lances online pelos lotes, tanto para pessoas físicas como jurídicas. É necessário se cadastrar no site da Nordeste Leilões e entregar a documentação necessária no TRT, no Fórum do Comércio, até 48h antes do início do leilão. Para os interessados em participar ao vivo, é preciso se inscrever no local até uma hora antes.

O leilão acontece no auditório do Fórum Juiz Antônio Carlos Araújo de Oliveira, na rua Miguel Calmon, nº 285, no bairro do Comércio.

Alimentado por: Gabriela Pereira

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Imóveis: saiba quais são os endereços mais caros da capital baiana

Um apartamento de classe média em Salvador custa em torno de R$ 280 mil. Mas hoje o tema não é a moradia para reles mortais. Os imóveis ilustrados nestas páginas chegam a custar 28 vezes esse valor. Isso mesmo! Uma cobertura na Morada dos Cardeais (aquele que Ivete Sangalo comprou dois e fez um só) chega a custar R$ 8 milhões, o preço de 28 apartamentos de classe média. Isso segundo Cláudio Cunha, sócio-diretor da corretora Brasil Brokers Brito & Amoedo.


Mansão Costa Pinto é o primeiro empreendimento de alto luxo de Salvador e um dos maiores apartamentos do país: 800 metros quadrados (Foto: Robson Mendes)

E olhe que a Morada dos Cardeais nem é o prédio mais caro de Salvador. O mais caro é o Margarida Costa Pinto, no Corredor da Vitória, onde um apartamento normal (sem ser a cobertura) chega a custar quase R$ 7 milhões. “O último que vendi foi R$ 6,3 milhões, mas foi em janeiro, agora já valorizou mais”, conta o corretor de imóveis de luxo Jefferson Clelio.


Vista privilegiada da varanda de um dos apartamentos do Morada dos Cardeais, na avenida Contorno (Foto: Jefferson Clelio/ Divulgação)

A lista dos sonhos é completada pelo Mansão Leonor Calmon e pelo Mansão Carlos Costa Pinto, também no Corredor da Vitória. É lá que fica o metro quadrado mais caro da cidade: R$ 12 mil, em média. Em seguida vêm Barra/Graça, Horto Florestal e Alto do Itaigara, como enumera Cunha.

História Ele conta que o Mansão Costa Pinto foi o que inaugurou o mercado de alto luxo em Salvador. Datado de 1986, o apartamento construído pela Andrade Mendonça é um dos maiores do Brasil. “São mais de 800 metros quadrados, um por andar, piscina na varanda de cada apartamento, um playground que encontra com a praia, píer para os moradores atracarem suas lanchas e jet skis...”, diz Cunha, enumerando os mimos de uma morada de R$ 5 milhões. Foi lá que o cantor Gilberto Gil adquiriu um apartamento recentemente.

Apesar do nome parecido, o Margarida Costa Pinto é bem menor (embora longe de ser pequeno: 411 metros quadrados) e de outra construtora, a Santa Helena. O edifício mais caro da cidade também tem um apartamento por andar, acesso ao mar através de plano inclinado com elevador panorâmico, píer de atracação para pequenas embarcações, cinco suítes e tudo mais que o dinheiro pode comprar. Por estar em uma área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o edifício foi construído atrás de um casarão que serve agora como salão de festas, jogos e leitura. O padrão é adotado na maioria dos prédios da região.

Pelos mesmos R$ 5 milhões do Mansão Costa Pinto é possível comprar também um apartamento no Mansão Leonor Calmon, construído pela Andrade Mendonça, em parceria com a MRM. Com vista para a Baía de Todos os Santos, cada apartamento tem 355 metros quadrados, com quatro suítes ou cinco, se o cliente preferir um duplex. Esse último tem duas varandas amplas, de frente para o mar, duas salas, duas áreas de serviço e cinco vagas de garagem. Afinal, para quem pode comprar um apartamento desses, ter cinco carros é fichinha!

O perfil dos compradores, segundo o presidente da construtora Fator Realty, Paulo Fabriani, é de pessoas aparentemente normais, só que com muito dinheiro. “Geralmente são casais entre 40 e 50 anos, com filhos. Empresários e profissionais liberais em sua maioria”, descreve. “No caso de profissionais liberais (médicos, advogados e membros do Judiciário), a faixa etária é um pouco mais elevada, em torno dos 60 anos”, acrescenta. E (surpresa!), eles financiam o imóvel como qualquer mortal. “Dão um sinal e financiam o restante”.

Morada dos Cardeais O prédio onde moram Ivete e Gal Costa é o mais caro já construído pela Odebrecht: R$ 4,6 milhões, segundo o diretor de incorporações da empresa, Eduardo Pedreira. O apartamento, entregue em 2004, tem 355 metros quadrados e fica na Avenida Contorno, a vista mais bonita de Salvador. É o mais caro da construtora, porém não o único de alto luxo. Um apartamento no edifício Vale do Loire, construído em 2006, no Horto Florestal, custa em torno de R$ 4 milhões, R$ 12 mil por cada um dos 328 metros quadrados.

Também no Horto, a Odebrecht está com três novas construções: o edifício Chácara Suíça, o Bosque Itália e o Reserva Albalong. Os apartamentos têm 255 metros quadrados e custam em torno de R$ 2,5 milhões (R$ 10 mil por metro quadrado).

É no Horto, aliás, que ficam as casas mais caras de Salvador. “Tem casa ali que custa R$ 10 milhões”, estima Cláudio Cunha, explicando que essas são verdadeiras mansões, que chegam a ter uma área de mil metros quadrados.
Além do Horto, outros lugares nobres para se comprar uma casa são o Encontro das Águas, Busca Vida e Interlagos, este último, já no território de Camaçari. “São terrenos de 400 a 700 metros quadrados. A partir de R$ 3 milhões, você consegue uma casa boa”, conta o corretor Jefferson Clelio.

Construtoras apostam no mercado de luxoApesar de caríssimos, os apartamentos de alto luxo citados não costumam ficar vagos por muito tempo. “Na Vitória, qualquer imóvel que se coloque à venda, vende muito rápido. Os novos, em 15 dias, os mais antigos em 30, 40 dias”, conta Cláudio Cunha. Mas, se você leu esta reportagem e tem bala na agulha para adquirir um imóvel de alto luxo, não faltam opções na cidade.

No Alto do Itaigara, a construtora Petram está construindo o Diamond, condomínio com três prédios, idealizado para oferecer tudo que um spa dispõe, em casa. Ao todo, são mais de 50 itens: espaço beauty, ofurô, pet place, sala de pilates e ioga, quadra profissional de squash, entre outros. O preço varia de R$ 970 mil (o 1º andar dos prédios Hope e Taylor) a R$ 1,3 milhão (o último andar do Amsterdam). São nove opções de plantas de apartamentos de 4 quartos, com três ou quatro suítes e metragem de 152 a 186 metros quadrados.

Outra opção é o Mansão Mont Saint Michel, no Jardim Atlântico, em Ondina. O sócio-diretor da Salinas Incorporadora, Luis Limoeiro, vende seu peixe: “O ponto-chave é a localização. De lá, você consegue ver a Barra, o Rio Vermelho e Ondina. É um apartamento por andar, com 275 metros quadrados, com duas varandas, quatro suítes, quatro vagas de garagem, área de lazer completa, com academia, piscina com raia, brinquedoteca, duas quadras...”, enumera o empresário, sobre seu primeiro empreendimento de alto luxo. “Queríamos diversificar e percebemos que havia esse nicho de mercado”, explica. O edifício tem entrega prevista para julho de 2014, e os apartamentos custam entre R$ 1,7 milhão (o 1º andar) e R$ 3,6 milhões (a cobertura).

Diferencial
A Fator Realty também tem imóveis de alto luxo para oferecer. E não é um só. Em março, lançou quatro residenciais: Duo, Capri, Seasons e Metropolitan, todos no Aquarius. Com um apartamento por andar, o Duo tem o diferencial da sustentabilidade. “Temos sistema de reaproveitamento de água, sensores de iluminaçao, horta, é perto de tudo, você faz tudo a pé”, conta Paulo Fabbriani, presidente da incorporadora Fator Realty. Um apartamento de 272 metros quadrados custa cerca de R$ 2 milhões.


Perspectiva de como vai ficar a varanda de um dos apartamentos na Mansão Mont Saint Michel, no bairro de Ondina, da construtora Salinas (Foto: Divulgação)

O diretor da Leão Engenharia, Ivan Leão, conta quais são as variáveis que tornam um imóvel de alto padrão e, consequentemente, o encarecem. “Primeiro é a localização.

Depois estão o tamanho e as especificações com maior qualidade”. Ele explica que a arquitetura desses prédios costuma ser diferenciada e os materiais usados de melhor qualidade, além de mais opções de lazer. Ele cita o Morro Ipiranga como um dos locais com tendência de valorização. “O metro quadrado lá custa R$ 7 mil, R$ 8 mil, mas a tendência é subir”, aposta. É lá que está sendo construído o Morada Imperial, um quatro suítes de 350 metros quadrados, que custa em torno de R$ 2 milhões.


Perspectiva da área de lazer do Diamond, que será construído no Alto do Itaigara, da construtora Petram (Foto: Divulgação)

“O mercado de alto luxo se sustenta bem. Normalmente quem compra são clientes mais exigentes, que têm o arquiteto deles e querem o apartamento personalizado”, conta o empresário. As alterações na planta, acrescenta, são permitidas, desde que não comprometam a estrutura do prédio. Mas quem quiser esperar um pouco mais (quem sabe até ganhar na Mega-Sena?) para se mudar para um apartamento megaluxuoso pode esperar o diretor da Odebrecht Eduardo Pedreira revelar que a construtora está desenvolvendo um projeto de alto luxo “melhor que a Morada dos Cardeais” na Rua do Barro Vermelho, no Rio Vermelho. O edifício, que vai matar Ivete de inveja, tem previsão para começar a ser construído no ano que vem.


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